segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Os exames

        Não consigo parar de pensar nos exames …
Quem sabe se é por estarem por aí quase a baterem-me à porta?
        Continuam sempre presentes!

Mas não entendo!
Algumas das frases mais típicas dos professores aos seus estudantes, quando a data dos exames, se aproxima são invariavelmente, ou melhor, têm sido sempre ao longo dos meus anos de estudante:
 - “Não se esqueçam de estudar com antecedência, pois deixar para a última hora, não resulta.”
- “Quando estiverem no exame, leiam primeiro as perguntas todas com clama, têm muito tempo!”
-  “Vão ver que o exame não é difícil!”
Mas porquê, pergunto eu?
Estudamos com antecedência, muito, muito antes da data do exame, mas com todos os trabalhos que temos para realizar e toda a matéria que é dada num único dai… Por mais que nós comecemos a estudar no primeiro dia de aulas, chegamos perto da data e já quase não nos lembramos de nada.
Apesar de termos tempo, aparentemente suficiente para a realização do exame, este consegue sempre ocupar-nos esse tempo e ainda nos faz chorar por mais. São poucos os exames que acabo com uma margem de tempo razoável. Por isso, se após a finalização do exame o fosse ler todo, precisaria do dobro tempo.
Por vezes há até exames que parecem que não têm fim.
Os exames, para os professores, nunca são difíceis, são sempre muito fáceis. Contudo, verdade é que quando os fazemos encontramos sempre algumas palavras que nunca vimos na vida. E após o exame quando perguntamos ao professor da cadeia:
- “Quando é que demos a matéria da pergunta 37?”
O professor responde-nos:
- “ Ah! Demos essa matéria na aula 20, era do slide 60 na legenda pequenina (aquelas legendas pequeninas as vezes até estão desfocadas e que quase ninguém da importância, dada a quantidade de matéria que se dá nas aulas, se dessemos igual importância a tudo nunca mais acabaríamos de estudar...)”


O mais importante é fazer um grande esforço e estudar bastante para possamos ser bem sucedidos e passar nos EXAMES e assim vermo-nos livre deles.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Não entendo!!

Não entendo!!

As frases mais típicas de um professor quando a data do exame se aproxima é: “Estudem com antecedência porque deixar para a ultima hora não resulta”
Mas porque? Estudamos com antecedência, muito mas muito antes da data do exame, mas como todos os trabalhos que nos são estabelecidos para realizar e toda a constante matéria que se dá num único dia, por mais que nós comecemos a estudar no primeiro dia de aulas, chegamos perto da data e já não nos lembramos de nada.
Mas também dizem  “Quando tiverem no exame, leiam primeiro as perguntas todas com clama, tem muito tempo!”
Sim é verdade até devíamos mas quantos de nós faz isso? Quase nenhum! E porque? Porque apesar de termos muito tempo o exame consegue sempre ocupar nos esse tempo e ainda fazer nos chorar por mais. São poucos os exames que eu acabo com uma margem de tempo razoável. Por isso se lesse o exame todo, que as vezes ate parece que não tem fim. Quando o tempo acabasse ainda iria eu a meio!
 “O exame não é difícil!”
Nunca é difícil, é sempre muito fácil, a verdade é que quando chegamos encontramos palavras que nunca vimos na vida. E após o exame perguntamos ao repetivo professor da cadeia, “Quando é que demos a matéria da pergunta 37?” e professor diz-nos “ahh estava na aula 20, do slide 60 na legenda pequenina” (aquelas legendas pequeninas as vezes ate estão desfocadas e que quase ninguém da importância porque à quantidade de matéria que dá nas aulas, se dessemos igual importância a tudo nunca mais acabávamos de estudar..



sábado, 28 de dezembro de 2013

Noite de Natal

Noite de Natal

A noite de Natal é celebrada em todo o Mundo, embora de diferentes formas devido as diversas culturas existentes no Planeta. No entanto, todas têm o mesmo objeto, que é juntar a família toda e conviverem entre todos.
Na minha realidade, o Natal é passado em Sintra. Nesta altura, a minha família mais chegada junta-se para passarmos mais uma quadra natalícia. Esta união da família já se repete há vários anos e todos fazemos questão que aconteça pelo menos duas vezes por ano. O reencontro dos meus avós do Alentejo, dos meus primos e tios de Lisboa e da minha família do Porto acontece em casa dos meus tios-avós.
Sabe tão bem o tempo que passo aqui. Não é só pelas saudades que tenho dos meus familiares mas é também porque o Natal com crianças tem sempre outro sabor. Não quero com isto dizer que os “crescidos” não o vivam, mas é que o Natal com crianças tem sempre um encanto especial.
Quando chega o dia 24 até eu fico nervosa. Os meus priminhos mais pequenos ficam numa excitação tal que, de cinco em cinco minutos, perguntam “Quando chega o Pai Natal?”, “Falta muito para ele chegar?”, “Ele já devia de ter chegado?”. Não param e não dão descanso.

Quando o Pai Natal finalmente chega, tudo passa. Vai-se a tristeza e o nervosismo deles desvanece e num relance rasga-se um gigante sorriso no rosto de cada um deles. E gritam todos juntos “Viva, viva! Já se pode abrir os presentes.”.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Sexta feira 13 (7)

Então, foi a vez de a senhora falar, explicou que ela e o marido iam caminhado pelo passeio quando de repente, me viram cair sem razão aparente e que se aproximaram de mim para me auxiliar.
 Olhei à volta e percebi que estava precisamente deitada à porta de minha casa e reconheci o rosto do meu pai que tinha aparecido nesse instante, dizendo: “Maria desmaiaste de novo! Voltaste a estar sem comer durante algumas horas, sua marota! Já sabes que esses diabetes não perdoam. Tens que ter mais cuidado! Vou dar-te de comer! Vou ter fazer um jantar belíssimo!
O meu pai agradeceu ao casal, levou-me ao colo para dentro de casa e depositou-me sobre o sofá.
Então, contei-lhe como fiz desaparecer as minhas chaves, mas o meu pai não me ralhou e disse-me que se haveria de se arranjar uma boa solução para retirar das chaves. Agradeci-lhe e ele foi buscar-me um prato de comida que devorei fugazmente.
Quando finalmente, tudo ficou mais calmo contei o meu dia ao meu pai e prometi a mim mesma jamais criticar as crenças e superstições de cada um.
No dia seguinte ainda estava bastante zonza, mas preparei-me com a alegria para enfrentar um novo dia de aulas.
Arranjei-me, vesti-me sem grandes preocupações com o vestuário, apenas preocupada em agradar a mim própria.
As minhas prioridades mudaram.
Tentarei viver a minha vida apenas expressando os meus sentimentos e sem querer saber do que os outros pensam. Das minhas atitudes e opções de vida.

Afinal, as sextas-feiras, dia 13, têm algo de especial: há dias horríveis, mas também há dias que nos fazem pensar e mudar.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Sexta feira 13 (6)

 Todas as pessoas se movimentavam com calma e autonomamente, mas sempre muito ordenados e cientes das suas funções.
Continuei caminhando por aquelas ruas harmoniosas de luz e de cor.
 No entanto, todos demonstravam ser muito independentes e ter uma vida muito formatada.
Principiei a sentir uma paz interior que me fazia sentir tão bem!
Comecei a ficar fascinada com aquele local que parecia trazer alegria e felicidade.
Todas as pessoas se vestiam da mesma forma, como se fosse uma espécie de uniforme que teriam de usar, oscilando apenas alguns pormenores pormenores.
 Ao contrário no meu mundo, onde as a crianças e os adolescentes pensavam bem no que vestiam, para não serem alvo de gozo pelo seu grupo, porque a população em geral era preconceituosa, comentando e criticando as pessoas apenas pela sua aparência.
 No meu mundo não podia acordar e vestir uma roupa mais ousada ou gótica, sem que fosse tema de conversa de muito boa gente.
No meu mundo continuava a viver muito pegada aos condicionalismos sociais.
No preciso momento em que atravessava uma rua e me preparava para entrar numa grande avenida, tanto ou mais colorida que ruas restantes, senti um leve tremor no braço acompanhado por o som de uma voz estranha que dizia: “Acorda! Acorda! Estás bem? Doí-te alguma coisa? Sente-te bem? Precisas de alguma coisa?” 

De repente, abri os olhos e deparei-me com um senhor que desconhecia e a seu lado uma senhora, que tal como ele olhava para mim com espanto. Enquanto aguardavam algumas respostas da minha parte. Mas em vez de lhes responder, perguntei-lhes o que me aconteceu, porque não estava a perceber nada.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Sexta feira 13 (5)

Comecei a caminhar ao longo da rua de onde surgi.
Era uma rua larga muito colorida e luminosa, tal como todas as plataformas voadoras que me eram dadas a observar.
 Parei junto a um edifício enorme, circular, alto e muito movimentado. Pensei que talvez fosse uma escola com estacionamento incorporado nos últimos andares. Pois imensas crianças e jovens entravam para os pisos superiores nas suas Kombis Voadoras.
Havia inúmeros edifícios das mais variadas formas, cores e imagens diversas.
Parecia que estava no País das Maravilhosas ou a participar num episódio de Desenhos Animados. Pois, eram tanta a cor, luminosidade e movimento que existiam em torno de mim.
Após andar mais alguns metros, agora sem que ninguém parasse para reparar em mim, deparei-me com um outro edifício igualmente movimentado em forma de esfera multicor. Para onde os adultos se dirigiam, sempre conduzindo as suas plataformas voadoras. Era algo poderia ser perfeitamente um ginásio, já que nos pisos inferiores pude ver algumas pessoas a fazer movimentos, para mim, desconhecidos, mas que poderiam perfeitamente serem para exercitar o físico.
Decidi contornar o suposto ginásio, que no piso à superfície da rua era transparente permitindo observar claramente o seu interior. Este era composto por ecrãs gigantes perante os quais os adultos de diferentes sexos se posicionavam em cadeirões individuais que tremiam, uns com muita intensidade e outros aparentemente estáticos.
Para grande surpresa minha não havia passadeiras, nem pesos, nem aparelhos diversos, nada… E ninguém parecia quase comunicar com os seus semelhantes, apenas o essencial, por isso, as ruas estavam silenciosas.
Mas onde teria eu ido parar e como teria aqui chegado?
Tentava organizar as minhas ideias, mas estava tudo demasiado confuso.
Como seria possível perder apenas umas chaves e agora por mero castigo, não sei, vir parar a esta cidade assombrosa.
Aquele local, aquele silêncio e aquelas “abelhas voadoras” que nunca paravam e que encobriam o espaço

Tinha a sensação de há imenso tempo não falar com ninguém, não comunicar e isso incomodavam-me bastante.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Sexta feira 13 (4)

Tudo me parecia diferente, tudo, mas tudo mesmo.
 Parecia que até mesmo o próprio tempo tinha avançado, galgando as paredes do tempo cronológico…
Teriam passado cinco anos… dez anos… vinte anos… ou até mesmo trinta anos…
Quem sabe quanto tempo, o tempo teria avançado?
Estaria eu, já no futuro?
Sabia que estava num sítio completamente desconhecido, parecia que o relógio do tempo tinha avançado algumas décadas; duas ou três para a frente.
As pessoas circulavam nas ruas em pequenas plataformas voadoras das mais variadas cores e diversos modelos.
Até mesmo as crianças se deslocavam em mini Kombis voadores muito florescentes e com diversas animações luminosas, dando a entender que cada um personalizava o seu veículo, obedecendo apenas aos seus gostos e preferências.
De repente, senti dezenas de pares de olhos pousados em mim, mas rapidamente afastaram o olhar, como se apenas alguns segundos a observarem-me, fossem suficientes para obterem informação acerca de mim.
Suponho que a curiosidade sobre a minha pessoa deveria se única e exclusivamente, por ser uma criatura ímpar, já que só eu me deslocava sem o apoio de nenhuma plataforma ou qualquer outro meio voador, mas apenas pelos meus próprios meios.
Não conseguia parar de olhar em todas as direções…
Estava impressionada com tudo aquilo!

Tudo era novo para mim!